Cammie McGovern faz uma feliz combinação explorando uma das maiores desilusões da paternidade moderna - o autismo - e um misterioso assassinato. Além disso, ela aponta uma considerável reflexão sobre as complexas e quase sempre cruéis, hierarquias da infância. (Lionel Shriver, autor de We Need to Talk About Kevin)
Ler contato visual foi surpreendente, além de ser um livro no estilo romance policial ele nos faz viajar no mundo de quem convive e de quem possui necessidades especiais, nos faz conhecer um pouco sobre esse fabuloso universo, eu diria que é um livro especial.
Sinopse: Enquanto as crianças brincam no playground de Woodside Elementary School, dois alunos, uma garotinha e um garoto, desaparecem, sendo vistos pela última vez atravessando o campo de futebol em direção ao bosque atrás da escola. As horas passam e então apenas um deles, Adam, um garoto de nove anos com autismo, é encontrado vivo, a única testemunha de um assassinato incompreensível. Verbal apenas nos melhores dias, Adam recua em seu mundo silencioso que Cara, sua mãe, conhece muito bem. Com a comunidade em choque e seu filho incapaz de ajudar na investigação policial, Cara tenta decifrar os enigmáticos acontecimentos. Quando outra criança desaparece, a mãe de Adam percebe que só ela pode acabar como silêncio do filho e interpretar as mudanças no comportamento de Adam não apenas para ajudá-lo a superar o trauma, mas também para ajudar a polícia a capturar o assassino. E assim que ela se aproxima da verdade, seu passado inquietante começa surgir das sombras. Em uma tentativa desesperada de proteger seu filho da vida real, ela teme que isso possa ter tornado o mundo dele um lugar mais perigoso.
"... Então ele olhou para mim, e o Contato Visual foi perfeito. Como se ele me reconhecesse, como se entendesse." - pág. 265, Kevin.
“Morto significa que ele não vai mais vê-la porque nunca mais viu a vovó e o vovô. Morto significa que as pessoas choram apesar de que ele sabe que não vai chorar. Morto significa jogar fora, como flores e pilhas. Morto significa dormindo mas sem acordar. “ pág. 290
Surpreendente, não a palavra melhor para descrever esse livro. Contato visual é realmente incrível, foi uma experiência e tanto lê-lo. Me apaixonei, pelos personagens e pela sensibilidade com que a autora descreve Adam, Amélia, Kevin e a história toda, também ela não poderia ter feito melhor, é mãe de um filho autista de uma das fundadoras da Whole Children, um centro de recursos que oferece aulas extra-escoltares e programas voltados para crianças com necessidades especiais. A cada página você se surpreende mais e mais com a história e com o passado assombroso de Cara, com o modo de se comunicar de Adam, com a sensibilidade de Kevin, que foi o personagem que mais gostei no livro entre outras coisas que de forma alguma passam despercebidas pelo leitor. Realmente é uma leitura obrigatória.
Recebi esse livro da nossa parceira Editora Novo Conceito que sempre capricha em suas publicações, e vem sempre inovando com temas que interessam tanto o publico jovem como os adultos em geral.
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